terça-feira, 24 de março de 2009

RECEITAS PARA CONTROLE DE PRAGAS E FUNGOS !

quando nos deparamos com pragas e doenças infestando e destruindo o que cuidamos com tanto esmero. Mas não devemos nos desesperar, afinal estes bichinhos estão cumprindo o papel que a natureza lhes deu e é nosso dever controlá-los e não exterminá-los.


Nestes casos o primeiro passo é identificar a praga ou doença, feito isso, investigue suas causas. Você verá que em muitos casos a prevenção teria evitado o problema. Tesouras mal esterilizadas, introdução de novas plantas, lixo acumulado, proliferação de ervas daninhas, estão entre algumas de diversas causas de introdução de pragas e doenças no jardim. Agora sim, adote as medidas preventivas e de controle para resolver a situação.


A seguir três receitas fáceis de fazer, com ingredientes baratos e eficientes no controle e prevenção de diversas pragas e doenças conhecidas, como ácaros, pulgões, lagartas, cochonilhas, entre outros que insistem em devorar nossas plantas. Use os produtos com parcimônia, pois embora muitas vezes eles sejam naturais, isto não significa que não são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde e ao meio-ambiente.

Não se esqueça que, ao aplicar uma solução inseticida, você estará afetando também insetos benéficos como abelhas e joaninhas. O mesmo vale para soluções fungicidas e bactericidas. Use o bom senso e pulverize as plantas somente quando a praga ou doença esteja prejudicando-as. Evite sempre aplicar sobre flores e frutos, restringindo-se às partes afetadas.


Solução Adesiva:


· 100 gramas de sabão de côco (1/2 barra)
· 2,5 litros de água


Pique o sabão de côco em pedaços pequenos e coloque em uma panela juntamente com a água. Leve ao fogo, mexendo sempre, até que o sabão esteja completamente dissolvido. Espere esfriar e guarde em recipiente fechado. Esta solução por si só não é capaz de controlar os problemas, ela tem a função de diluir, espalhar e fixar os remédios sobre as plantas. Use-a misturando bem com outras fórmulas, momentos antes das pulverizações.


Calda de Fumo:


· 50 gramas de fumo em corda (cerca de 8 cm)
· 1 litro de água


Pique o fumo em pedaços bem miúdos e coloque em uma panela juntamente com a água. Ferva esta mistura por 25 minutos, acrescente a Solução Adesiva, mexa bem, tampe a panela e espere esfriar. Coe e pulverize sobre as plantas no mesmo dia, pois o princípio ativo é muito volátil. Utilize luvas e máscara ao trabalhar com o fumo, pois ele é tóxico. Ao aplicar sobre frutas e verduras, respeite um período de 10 dias de carência antes da colheita e lave-os muito bem antes de consumir. Indicada contra insetos e ácaros, como cochonilhas, pulgões, lagartas, etc.


Calda Bordalesa:


· 80 gramas de sulfato de cobre (7 colheres de sopa)
· 80 gramas de cal virgem (7 colheres de sopa)
· 10 litros de água
· 1 balde de plástico
· 1 panela
· 1 pano de algodão
· 1 arame


Pulverize bem o sulfato de cobre e coloque o no pano, como um sachê. Amarre bem o pano com o arame e pendure o sachê dentro do balde de plástico com 8 litros de água, de forma que ele não toque o fundo do recipiente, reserve. Faça o leite de cal, colocando cal virgem na panela e acrescentando lentamente 2 litros de água, mexendo até a completa dissolução. Esta mistura esquenta muito e pode queimar. Aguarde 24 horas para misturar as soluções.
Verifique o pH da calda, mergulhando uma lâmina de ferro na solução. Se ela enferrujar na superfície em poucos minutos a solução está muito ácida e devemos acrescentar mais leite de cal. Teste a calda até que o pH esteja neutro e ela não enferruje mais a lâmina. Aplique a calda bordalesa no mesmo dia, sem diluir.
Utilize sempre equipamentos de proteção individual ao fazer e aplicar as caldas descritas. Não aplique em dias chuvosos, nem sob sol muito quente. Evite aplicar os produtos durante as florações, pois eles podem prejudicar seriamente a frutificação.


DOENÇAS - FERRUGEM


Nome Popular: Ferrugem, ferrugem-da-folha, ferrugem-do-colmo, ferrugem-amarela, ferrugem branca, ferrugem asiática, ferrugem polisora
Nome Científico: Hemileia vastatrix, Puccinia horiana, Phakopsora pachyrhizi, Physopella zea, Puccinia coronata, Puccinia cymbopogonis, Puccinia graminis, Puccinia melanocephala, Puccinea polysora,Puccinia recondita, Puccinia sorghi, Sphenospora kevorkianii, Tranzschelia discolor, Uredo behnickiana
Classe: Urediniomycetes
Filo: Basidiomycota
Reino: Fungi
Partes Afetadas: Folhas, caules, flores e colmos.
Sintomas: Lesões de coloração amarela a vermelha e em alguns casos branca, de formato arredondado a oblongo. Presença de esporos pulverulentos semelhantes à ferrugem.


Muitas espécies de plantas são atacadas pela doença mais conhecida como ferrugem, mas embora o nome seja o mesmo, muitas vezes o agente causador da ferrugem não é o mesmo em se tratando de plantas distintas. Por exemplo, a ferrugem branca do crisântemo é causada pelo fungo Puccinia horiana e a ferrugem das orquídeas pelo Sphenospora kevorkianii. Entre as grandes culturas alimentícias destaca-se a ferrugem-do-colmo do trigo, causada por Puccinia graminis, e a ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, entretanto existem outras espécies de fungos que causam ferrugens em café, roseira, milho, capim-limão, pessegueiro, goiabeira, macieira e jabuticabeira, entre tantos outros.


As ferrugens são assim denominadas devido à lesão com massa de esporos pulverulenta de coloração amarela a avermelhada. Os esporos são estruturas de dispersão dos fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos sendo que, para haver nova infecção, basta que um único esporo germine em condições ideais de temperatura e umidade. No entanto a viabilidade germinativa dos esporos é restrita e nem todos os produzidos acabam por gerar novas infecções. O principal mecanismo de dispersão dos esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares de quilômetros.


As ferrugens geralmente se beneficiam de climas amenos, com temperaturas moderadas e alta precipitação. Observa-se maiores incidências em anos chuvosos e propensos a formação de orvalho sobre as folhas. Estes fatores se relacionam com a necessidade de haver molhamento das folhas para que o esporo germine. Por isso, irrigação mal manejada pode favorecer aparecimento de ferrugem, o ideal é irrigar o solo ou substrato e evitar molhar em demasia as folhas, principalmente se há histórico da doença no local.


Os danos causados às plantas são irreparáveis partindo do ponto de que os tecidos vegetais afetados não têm capacidade regenerativa. Em ornamentais o ideal é destruir as plantas atacadas para evitar que outras plantas sejam afetadas. Em grandes culturas, o uso de fungicidas pode minimizar o impacto negativo sobre a produção que é o objetivo dos cultivos. Infelizmente, não existem produtos fungicidas curativos, apenas preventivos, por isso as doenças são um sério problema.


Existe uma receita de fungicida caseiro fácil de preparar e muito utilizada na agricultura, trata-se da Calda Bordalesa¹. Consiste na mistura de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e água. Esta calda tem eficácia comprovada sobre muitas espécies de fungos e bactérias em muitas plantas, sejam ornamentais, frutíferas, produtoras de grãos ou hortaliças.


As aplicações devem ser feitas preventivamente, como a Calda Bordalesa age por contato, após alguns dias ou após uma chuva de média intensidade, deve ser feita nova aplicação. Não aplicar diretamente sobre todas as plantas, deve-se testar em poucas folhas e averiguar se não há toxidez, pode diluir ou concentrar a calda caso necessário.


Vale ressaltar que a sanidade das plantas deve sempre ser averiguada no momento da compra, muitas doenças são transmitidas via substrato contaminado ou plantas doentes. Portanto, muito cuidado na hora de comprar, certamente este é o melhor método de prevenção não só da ferrugem, mas de outras doenças

POLUIÇAO DO SOLO:


POLUIÇÃO DO SOLO


É a contaminação do solo por resíduos industriais ou agrícolas transportados pelo ar, pela chuva e pelo homem.
O uso indevido do solo e de técnicas atrasadas na agricultura, os desmatamentos, as queimadas, o lixo, os esgotos, a chuva ácida, o efeito estufa, a mineração são agentes causadores do desgaste de nossa litosfera.


As causas da Poluição do Solo


Na agricultura os inseticidas usados no combate às pragas prejudicam o solo, a vegetação e os animais. O DDT é o mais comum desses inseticidas.
As técnicas atrasadas utilizadas na agricultura como a queima da vegetação para depois começar o plantio. O terreno fica exposto ao sol e ao vento ocasionando a perda de nutrientes e a erosão do solo.
O lixo também tem o seu papel importante na degradação do solo. Devido a sua grande quantidade e composição ele contamina o terreno chegando até a contaminar os lençóis de água subterrâneos. O mesmo acontece com os reservatórios de combustíveis dos postos, pois eles ficam enterrados no solo, correndo o risco de vazamento devido a corrosão do material usado no revestimento dos reservatórios.
A mineração com as suas escavações em busca de metais, pedras preciosas e minerais continua devastando e tornando improdutível o nosso precioso solo.
A imprudência, o consumismo, o desperdício e a ganância humana tratam de prosseguir essa deterioração.


Os efeitos


Os inseticidas quando usados de forma indevida, acumulam-se no solo, os animais se alimentam da vegetação contaminada prosseguindo o ciclo de contaminação. Com as chuvas, os produtos químicos usados na composição dos pesticidas infiltram no solo contaminando os lençóis freáticos e acabam escorrendo para os rios continuando a contaminação.
O gado quando come o pasto envenenado, transmite as substâncias tóxicas para a sua carne e para o leite que vão servir de alimento para o homem.
Dentre as doenças causadas pelo solo contaminado estão a ancilostomose (amarelão), a teníase e verminoses como a ascaridíase (áscaris ou lombrigas) e a oxiurose causada pelo oxiúro.
O lixo acumulado além de destruir a vegetação, contribui para a poluição do ar com o mau cheiro e com a fumaça produzida pela incineração, chegando a contaminar os lençóis de água subterrâneos com a infiltração de lixo tóxico.
O uso indiscriminado do solo traz sérios efeitos como a erosão (é o desgaste do solo) e o aumento da desertificação.


Desertificação


É um processo ocorrido em áreas próximas aos desertos (como no centro da África) ou em regiões semi-áridas (como no sertão nordestino do Brasil). Ocorrem nessas áreas um ressecamento, devido a perda de água pelos processos de evaporação ou escoamento ser superior àquela fornecida pelas chuvas.
A desertificação atual é resultante principalmente da ação humana, que devasta a vegetação nativa por meio de grandes queimadas e introduz plantas rasteiras que não protegem o solo da ação solar e da erosão.
Com o desmatamento o solo fica totalmente exposto ao sol. Como conseqüência disso, ocorre uma contínua evaporação, até mesmo da água presente nas regiões mais profundas. Essa água, subindo para a superfície, traz consigo sais de ferro e outros minerais que se precipitam na superfície formando crostas com o aspecto de ladrilhos.
Essas crostas são impermeáveis contribuindo para a desertificação.
Os cientistas constataram que as excessivas derrubadas das matas influem nos níveis pluviométricos o que ocasiona o desaparecimento de espécies vegetais e animais.
Algumas medidas para solucionar os problemas da Poluição do Solo
A elaboração de Leis mais práticas e rigorosas que defendam as florestas, as matas e todo o tipo de patrimônio ambiental. Com penalizações severas para as pessoas que continuarem devastando e poluindo o nosso ambiente; Elaboração de substitutos para os inseticidas; Campanhas educativas que alertem o perigo do uso dos agrotóxicos sem a indicação técnica de um agrônomo especializado; Reforma Agrária; Divulgação e uso de técnicas avançadas na agricultura como o controle biológico de pragas (técnica que utiliza outros animais que se alimentam daquele que é o agente da praga, sem prejudicar os vegetais e o solo); Investimento e melhoria nos projetos de irrigação; Financiamentos para agricultura e para o homem do campo, dando-lhe condições para viver e se sustentar no campo; Investimentos nos projetos de transposição das águas; Participação da população nas campanhas de reflorestamento; Saneamento básico para todos; Instalação de estações de tratamento e reciclagem de lixo; Incentivo para as empresas privadas investirem na coleta do lixo reciclável; Campanhas de conscientização da população à consumirem só o necessário, à reciclarem o seu lixo ou pelo menos cooperar com o trabalho de coleta.

FORMAÇAO DO SOLO:


Formação do Solo



Pode um solo derivar-se de qualquer tipo de rocha: sedimentar, ígnea ou metamórfica. Seu caráter ultimado não dependerá, em, exclusivamente, da composição da rocha- máter, mas, em larga extensão, de outros fatores que contribuem para a formação do solo. A parte principal de muitos solos consiste em grãos minerais de vários tamanhos, mas é a presença de organismos e de matéria orgânica (fonte de nitrogênio) que destingui o solo de um simples manto de decomposição. O nitrogênio é essencial ao crescimento das plantas. o tempo é outro fator importante na formação do solo. Os solos de regiões fortemente inclinadas diferencia dos das regiões planas, devido a condição de drenagem e outros.
Designam-se como solos residuais os que descansam sobre a rocha-máter, isto é, a rocha de derivaram. Nesse caso, observar-se uma transição gradual do solo para o subsolo e deste para a rocha-máter. Os solos constituídos de material transportado de pontos mais ou menos afastados por agentes geológicos chaman-se solos transportados



CLASSIFICAÇÃO DO SOLO



Os solos são agrupados em classes determinadas primariamente pelo tipo de clima em que se originaram. No Brasil há designações populares para distinguir tipos de solos. No Estado de São Paulo, dá-se o nome de terra- roxa aos solos originários da decomposição de diabásicos ou basaltos. São solos lateríticos riquíssimos óxidos hidratados de ferro ( e em matéria orgânica, quando virgens) de cor marron-avermelhada. Podem atingir 20m de profundidade. Constituim solos importantes para a cultura do café. A designação massapé é usada no N do Brasil para solos pretos argilosos, calcíferos. Em São Paulo o mesmo nome é aplicado aos solos argilosos, provinientes da decomposição de xistos metamórficos. O salmourão é um solo areno-argiloso, proviniente da decomposição de granitos e gnaísses.



CONTAMINAÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA



A origem do inseticida vem desde de 1950 no Estados Unidos, que em seguida foi passando essa tecnologia para os países subdesenvolvidos dizendo que a fome poderiar se vencida se a agricultura adotasse essa e outras medidas. E as assim a venda desse produto foi aumentando cada vez mais na década de 60, 70 e 80 foi a época que ele se expadiu no mercado e até agora ele é muito usado. Dessa forma, tem ínicio um ciclo de desequílibrio que, se não interrompido a tempo, pode causar grandes prejuízos à natureza e conseqüentemente a nós.
Desde de há um tempo, esse procedimentos vêm sendo debatidos e questionados por especialistas no assunto. Afirmam que esse procedimento causa danos aos seres humanos que dependem da natureza para sua alimentação além de causar danos a natureza também. Praticamente não existe, atualmente, um elemento químico que não traga em sua composição elementos quimicos derivados da ultilização de inseticidas e agrotóxicos. Esses alimentos estão, infelizmente, contaminados por esse uso generalizado de substâncias químicas nocivas à saúde humana e dos animais, ao solo e aos vegetais.



O MEIO RURAL BRASILEIRO



O meio rural brasileiro, que se caracteriza pelo predomínio das atividades agropastoris, também apresenta sérios problemas ambientais, especialmente naquelas áreas que passam por um processo de modernização das atividades agrárias, com a mecanização e a introdução de técnicas modernas.
Com a derrubada das matas, a fauna da área tende a extinguir-se, o curso hidrológico passa por alterações, o regime de chuvas se modifica e o próprio gado fica sem sombra para proteger-se do sol nos dias muito quentes.
No Brasil predomina uma agricultura comercial, que se caracteriza por ser altamente mecanizada; em conseqüência disso, é comum a derrubada de árvores visando a que não atrapalhem a ação dos tratores, colheitadeiras, etc.
O excessivo uso dos agrotóxicos constitui outro sério problema ecológico na área rural brasileira: o agrotóxico é muito utilizado na agricultura e na pecuária, para combater as pragas que reduzem as colheitas ou a produtividade do gado. Esse uso excessivo de agrotóxicos, elimina certos tipos de microorganismos que são benéficos às plantas, por serem inimigos naturais das pragas. Os insetos e outras pragas, com o tempo, vão se adaptando aos agrotóxicos através de mutações genéticas, adquirindo imunidade em relação aos produtos químicos utilizados.
O fato de no Brasil predominarem climas quentes e úmidos faz com que os insetos e pragas proliferem bastante; para combate-los os agricultores acabam utilizando-se de fortes doses de veneno; em decorrência disto surge a contaminação dos alimentos (verduras, cereais, frutas), e até o leite.
O uso exagerado de adubos e fertilizantes químicos acaba poluindo também o meio ambiente rural; com as chuvas boa parte é carregada para os rios, poluindo-os; a água das chuvas ao infiltrar-se no subsolo, acaba contaminando os lençóis d’água com cobre, fosfatos, nitratos, etc., que irão comprometer a qualidade da água utilizada pelas populações.
Alguns rios do meio rural além de serem atingidos pelo excesso de agrotóxicos despejados ou carregados pela chuva, também são poluídos por determinadas indústrias instaladas no campo como fábricas de papel e celulose, frigoríficos, curtumes, entre outras.
Mas nem tudo está errado. Algumas iniciativas, tanto públicas quanto privadas, tem possibilitado a recuperação de cursos d’água outrora bastante degradados. É o caso, por exemplo, do rio Tibagi, no Estado do Paraná, que foi alvo durante muito tempo dos dejetos de fábricas de papel e celulose. Hoje, as indústrias tratam os materiais antes de lançar qualquer elemento que possa degradas as águas do rio.
Também as usinas de açúcar e as destilarias de álcool, têm contribuído para uma melhoria nas condições ambientais do meio rural. Até alguns anos atrás, a vinhaça ou vinhoto, um produto resultante da fermentação do álcool da cana-de-açúcar, era despejado nos cursos d’água, o que causava sérios danos, sobretudo à fauna aquática.



COLHEITA CONSCIENTE



Na horta orgânica , onde o resultado procurado e a qualidade dos produtos – sejam eles hortaliças, flores ou frutas – controlar pragas e doenças e tarefa que exige trabalho permanente . É sempre melhor prevenir do que remediar. Para não ser forçado a lançar mão de agrotóxicos ou erradicar canteiros inteiros, o horticultor deve fazer a vistoria diária em toda área, observar a terra ao redor das plantas e das folhas dos dois lados.
Nenhum bicho, inseto ou bactéria ataca de imediato em grande numero principalmente quando a grande variedade de culturas. Eles chegam aos poucos instalam-se e aumentam sua população somente quando as condições lhe são favoráveis. Se construirmos um sistema equilibrado onde haja de tudo um pouco, uma floresta em miniatura, as pragas poderão estar presentes mais dificilmente provocaram danos apreciáveis.
Como tratar sementes
A prevenção de doenças na horta começa pela escolha das sementes elas devem ser compradas de firmas idôneas que garantam o poder de germinação e tratamento especifico. Só que esse tratamento geralmente é feito com pesticidas. Se o produtor quiser obter sementes da sua própria horta, livres de agrotóxicos, deve recorrer a um método muito antigo, reavaliado e recomendado pelo centro nacional de pesquisas de hortaliças, em Brasília que utiliza calor para expurgar das sementes os microorganismos patogênicos.
Esse método é ideal para expurgo de pequenas quantidades de sementes. Os grãos são colocados em saquinhos de algodão e o saquinho e imerso na água que se aquece ate atingir a temperatura apropriada
O saquinho deve ser agitado constante mente para todas as sementes receberem o tratamento igual. Passado o tempo indicado na tabela, resfria-se as sementes em água à temperatura ambiente por alguns minutos. Retira-se, em seguida a água em excesso e espalha-se as sementes sobre jornal, papel absorvente ou pano seco.
A secagem das sementes e tão importante quanto o tratamento pois se elas ficarem úmidas por um período de doze horas acabam germinando e não podem ser mais usadas. Elas devem secar à sombra, em local bem ventilado e, logo que o papel estiver absorvido a água, ele deve ser trocado por outro enxuto, virando-se as sementes, para secarem por igual.
Importante: para cada tipo de doença controlada a uma temperatura exata e um período de tempo preciso, que deve ser rigorosamente observado.
Raiz/folha/fruto
Assim como a esterilização, a rotação de culturas garante o controle das doenças que se alastram pelo solo. Faz-se a rotação da seguinte maneira: quando uma hortaliça é colhida, o canteiro deve ser preparado novamente e ocupado por uma outra espécie , de família diferente e obedecendo à seqüência raiz/folha/fruto. As plantas de famílias e características diferentes raramente são suscetíveis às mesmas doenças havendo rotatividade, os micro organismos que provocam estas doenças não encontram hospedeiras e morrem por falta de alimentos. Algumas culturas chegam mesmo a ser toxicas para os microorganismos maléficos presentes no solo e eliminam quase toda a população.
No inicio parece difícil organizar essa rotação. Mas aos poucos o horticultor vai reconhecendo as melhores combinações e os casamentos indesejáveis. Para alcançar esse conhecimento e preciso observar atentamente as circunstancias em que surgem as pragas e identificar a falha que possibilitou seu aparecimento. No caso da ocorrência de nematóides a rotação deve ser feita com variedades resistentes ou com leguminosa. Esses vermes minúsculos que podem por vezes infestar o solo das hortas e causar grandes prejuízos, morrem quando as reservas de alimento contidas em seus corpos se esgotam. E o limite de resistência deles dificilmente excede o ciclo normal de uma leguminosa.
Para prevenir a ocorrência de nematóides, o plantio de cravo-de-defunto (Tagetes Patula L.)é bastante eficiente. A planta possui uma substancia que repele os nematóides e intoxica aqueles que porventura sugarem suas raízes. Varias moitas de cravo-de-defunto devem ser espalhadas pela horta , especialmente ao lado das culturas mais susceptíveis como tomate, alho-poró, salsão, e cenoura. Quando as folhas do cravo-de-defunto caírem, o miolo contendo as sementes deve ser armazenado para que o horticultor tenha seu próprio estoque para semear, posteriormente, é so esmagar o miolo com os dedos e espalhar as sementes